A série de fotos de Peter DeVito e a reflexão sobre preconceitos
“Close-up, geralmente de
rostos, com frases impactantes na pele”. Essa é a definição, resumida, das
imagens do fotógrafo (e ilustrador) Peter DeVito em sua série de fotografias
que questionam os padrões definidos pela sociedade e o preconceito gerado a partir disso. As fotos estão se popularizando
nas redes sociais e levantando questões de como vemos e julgamos o outro. Abaixo,
confira um pouco mais sobre as imagens feitas por ele.
Sua primeira série de fotos, nesse
estilo, que se popularizou retratava acnes e trazia a reflexão da aceitação
delas e a não necessidade de retoques nas fotos por isso. Agora, DeVito traz
outras questões para sua nova série, a beleza de cada pessoa.
As fotos mostram pessoas com caracteríticas
em suas peles que comumente são apontadas e julgadas, como sinais, sardas e vitiligo.
Juntamente com os close-ups, as frases chamam a atenção para uma realidade vivida
por essas pessoas (e muitas outras que estão ali representadas). “But you'd remove it if you could” (mas
você removeria se pudesse); “how long did it take to draw those?” (quanto
tempo demorou para desenhar aqueles?); “no one will marry you with that skin” (ninguém
vai casar com você com essa pele) e “whats on your face?” (o que é isso no seu
rosto?).
O preconceito fica claro ao
ler as frases e por meio delas, Peter tenta passar a mensagem de que o mundo continua
afastando o diferente, deixando-os à margem, e que “simples frases” podem
impactar bastante. “Não quero que as pessoas vejam minha obra de arte apenas
pelo que ela está na superfície. Eu quero que eles reflitam sobre o que estão
olhando e seu significado”.
O fotógrafo também aborda a
questão de raça e cor da pele. Ele levanta a reflexão sobre a relação entre a beleza
e a pele negra ao dar destaque a frase “you are pretty for a dark skin girl” (você
é bonita para uma garota de pele escura) e a variância de tons que a pele pode
ter, com “black varies” (preto varia). Também destaca o preconceito em relação
aos asiáticos, “we all look the same” (todos nós parecemos iguais),
questionando a ideia que é perpetuada de que todos se parecem. O albinismo é
outro ponto abordado, “are you a ghost?” (você é um fantasma?).
Muitas das imagens também são acompanhadas de cartas escrita à mão por
cada uma das pessoas fotografadas como resposta para as frases destacadas. Sendo
essa uma forma de tentar mostrar como essas pessoas se sentem em relação a
essas situações e desmitificar os preconceitos.
O fotógrafo continua postando
imagens que retratam a questão da acne, “wash your face” (lave seu rosto), mas
continua a expandir os assuntos abordados, como, por exemplo, o feminismo, “you
need to be submissive” (você precisa ser submissa). Também está adicionando
outros focos de closes, além dos rostos, outras partes do corpo estão em destaque
“show me something natural ass with some stretch marks” (mostre-me alguma bunda
natural com algumas estrias – letra da música HUMBLE., de Kendrick Lamar) “my body, my rules” (meu
corpo, minhas regras).
E aí, já conhecia a série?
O que achou?
Conta aqui embaixo!
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